"Winterfell" é o primeiro episódio da oitava temporada de Game of Thrones. É o sexagésimo oitavo episódio da série ao todo. Estreou em 14 de abril de 2019. Foi escrito por Dave Hill e dirigido por David Nutter.
21 dos 22 membros do elenco principal aparecem neste episódio.
Vladimir Furdik como o Rei da Noite não é creditado neste episódio.
Mark Archer, Nina Armstrong, Richard Bradshaw, Yusuf Chaudhri, Nick Chopping, Jake Cox, Dom Dumaresq, Dan Euston, Vladimir Furdik, Oliver Gough, David Grant, Richard Hansen, Rob Hayns, Paul Howell, Rowley Irlam, Dave Judge, Paul Lowe, Leigh Maddern, Leona McCarron, Nikita Mitchell, Camilla Naprous, David Newton, Jason Oettle, Marc Redmond, Zach Roberts, Paul Shapcott, Ryan Stuart, Calvin Warrington-Heasman, Ben Wright, Bogdan Kumshatsky, Louis Samms, Anthony Skrimshire e Joe Watts foram dublês neste episódio.
Notas[]
Geral[]
O título do episódio refere-se à sede ancestral da Casa Stark.
Este é o segundo episódio cujo título refere-se à sede ancestral de uma casa nobre westerosi, depois de "Dragonstone".
Devido a preocupações com spoilers, a HBO só está revelando os títulos dos episódios da oitava temporada no momento em que começam a ser exibidos - o que significa que a Game of Thrones Wiki só pode criar títulos de episódios precisos para cada um depois que forem revelados.
A premiere da 8ª temporada foi ao ar 585 dias após a exibição do finale da 7ª temporada.
Este é o primeiro episódio de temporada a começar sem um cold open - uma cena prólogo antes dos créditos iniciais serem exibidos. Em vez disso, o episódio começou com os créditos de abertura, como um episódio normal. Os showrunners Benioff e Weiss disseram que os 13 episódios somados da sétima e oitava temporadas são uma grande temporada, dividida em dois ciclos de exibição.
Este é o primeiro episódio da série a incluir uma cena pós-créditos com uma prévia do próximo episódio.
A sequência de abertura foi drasticamente atualizada, mais do que nas últimas sete temporadas. Como a equipe de produção havia explicado, nas temporadas anteriores, em princípio, a câmera tinha de mostrar pelo menos quatro locais: Porto Real, Winterfell, a Muralha e "onde quer que Daenerys estivesse" no continente oriental — mesmo em episódios nos quais sua narrativa não aparecesse, a fim de ilustrar a escala completa do mundo de fantasia. Quando Daenerys chegou a Westeros na sétima temporada, o mapa passou a não ultrapassar Westeros. Além disso, devido a restrições de tempo, a sequência do mapa nunca mostrou mais de seis locais em um episódio. A nova sequência inicial se apresenta como um mapa da invasão dos Caminhantes Brancos, com o mapa estando de cabeça para baixo, para mostrar a visão dos Caminhantes Brancos a medida que eles avançam para o sul. Com tão poucos locais presentes nesta temporada, devido aos personagens estarem novamente reunidos, os únicos lugares mostrados são a Muralha (agora rompida), Última Lareira, Winterfell e Porto Real. As animações individuais de Winterfell e Porto Real agora estão muito mais extensas, mostrando o interior das fortalezas pela primeira vez.
Mesmo o astrolábio em que o mapa se localiza foi atualizado. A ideia é que a sequência do mapa seja o astrolábio de um meistre na Cidadela, com ilustrações nas barras que, nas temporadas anteriores, retratavam a Perdição de Valíria e a Rebelião de Robert. O novo astrolábio contém representações artísticas de eventos mais recentes da própria série de TV, como o Casamento Vermelho, o rompimento da Muralha e a eclosão dos dragões de Daenerys.
George Lucas visitando o set.
O criador de Star Wars, George Lucas, visitou o set de Winterfell durante a filmagem deste episódio, especificamente quando Jon e Daenerys estão caminhando fora dos muros e conversando sobre Sansa. Benioff e Weiss foram contratados para escrever novos filmes no universo de Star Wars e ficaram surpresos em saber que Lucas estava interessado em visitar o set. Lucas chegou até a sentar-se na cabine do diretor com David Nutter durante as filmagens (Lucas não dirigiu nenhuma cena, mas elogiou o elenco entre as tomadas).
Gilly não aparece, embora seja mencionada pelo nome. Brienne e Podcrick aparecem brevemente no fundo, sem diálogo.
Este episódio atingiu um recorde no número de espectadores. De acordo com os números estreitamente definidos da Nielsen — que consideram apenas as pessoas que assistiram-no ao vivo no canal de TV da HBO — a audiência foi de 11,8 milhões em sua primeira exibição, ultrapassando os 10,1 milhões da premiere da sétima temporada (e ficando ligeiramente abaixo do recorde de 12,1 milhões do final da 7ª temporada). A audiência durante a noite e nos serviços de streaming foi muito maior, mas também muito mais difícil de se medir. Estimativas preliminares põem a audiência combinada do pernoite e no streaming em 17,4 milhões, sendo a maior transmissão já feita pela HBO e o conteúdo roteirizado mais assistido de 2019. Isso também supera a previsão do pernoite e streaming para o primeiro episódio da 7ª temporada, que foi de 16,1 milhões.[1]
Em Winterfell[]
Do mesmo modo que Daenerys Targaryen está viajando para o Norte pela primeira vez e nunca havia tido uma cena em clima frio antes, o elenco ressaltou nos segmentos dos bastidores que esta era, de fato, a primeira vez que Emilia Clarke visitava os locais de filmagens da série de TV na Islândia. Kit Harington disse que gostou da chance de mostrar a ela as belezas naturais dos parques nacionais nos quais eles tinham a permissão de gravar.
Como dito no segmento Por Dentro do Episódio, a chegada da Rainha Daenerys a Winterfell inclui vários paralelos com a chegada do Rei Robert Baratheon no primeiro episódio da série, "Winter Is Coming":
A mesma trilha sonora é tocada em ambas.
No primeiro episódio, Bran e Arya, quando ainda crianças, subiram alguma coisa (Bran, os muros do castelo; Arya, uma carroça) para ter uma visão melhor da chegada da realeza; neste episódio, Arya se afastou para deixar um garoto subir uma árvore para ter uma visão melhor da chegada de Daenerys, como ela e Bran haviam feito.
A última cena dos dois episódios é uma interação entre Bran e Jaime em Winterfell.
Uma grande mudança em relação a como a chegada de Robert a Winterfell aconteceu é que ninguém se ajoelha para Jon e Daenerys da forma como fizeram com Robert. Isso pode ter sido feito de propósito, já que um ponto importante da trama é que muitos dos senhores nortenhos não estão felizes por Jon ter dobrado o joelho para Daenerys: Jon não se considera mais um rei e eles não querem aceitar Daenerys como sua nova rainha sem questionar.
Os fãs apontaram um erro de continuidade visual quando Daenerys está chegando a Winterfell: entre cenas diferentes (aparentemente filmadas em dias diferentes), o penteado de seu cabelo muda de uma trança dupla em volta de sua cabeça para um desenho muito mais complexo e cheio de tranças embrulhadas em um coque.[2]
A reunião de Jon Snow com seus outros membros da família, que ele não via desde a 1ª temporada, reflete como ele despediu-se deles quando deixou Winterfell ("The Kingsroad"): ele dá um grande abraço em Arya e beija Bran na cabeça (ele beijou Bran na cabeça na 1ª temporada em vez de abraçá-lo porque Bran estava em coma na época, gravemente ferido por causa de sua queda).
Consternada, Sansa questiona como eles vão suprir o enorme exército de Daenerys e o que os dragões comem — estabelecendo a resposta de Daenerys que "eles comem o que quiserem". Dragões só comem carne e apenas carne cozida, o que Daenerys teve que descobrir na 2ª temporada. Além disso, nos livros os dragões já foram vistos comendo praticamente qualquer tipo de carne — gado, peixes, cavalos, até homens em batalha —, embora muitos deles aparentem preferir carne de carneiro (aparentemente uma referência ao mito de São Jorge e o dragão).
Observe que os guerreiros dothraki no exército de Daenerys estão vestindo seus trajes normais misturados com casacos no estilo Lannister. Isso foi introduzido no final da 7ª temporada: a ideia era que os dothraki não trouxeram nenhuma roupa quente de inverno quando vieram para Westeros, então, depois de destruir o exército Lannister ao retornar do Jardim de Cima, eles foram explicitamente vistos saqueando os mortos por vestimentas de inverno. No final da 7ª temporada, durante a conferência no Poço dos Dragões, eles foram mostrados vestindo casacos sujos dos Lannister misturados com suas roupas normais de equitação.
Alys Karstark e Ned Umber foram introduzidos no início da 7ª temporada como os novos chefes de suas casas, depois que seus pais foram mortos na Batalha dos Bastardos e eles dobraram o joelho para os Stark novamente. Alys Karstark é uma personagem um tanto proeminente no quinto livro, mas sua trama foi cortada da série — uma vez que os Karstark são uma ramificação da Casa Stark, ela é uma prima distante da família Stark principal. "Ned Umber" não é um explicitamente um personagem nos livros, mas parece ser uma condensação (é mencionado que Grande-Jon Umber tem vários filhos mais novos e outros parentes através destes, mas uma lista completa nunca foi dada).
Montar um dragão não é nem de longe tão fácil quanto mostrado na cena de Jon Snow subitamente montando Rhaegal neste episódio. Mesmo dentro da própria série de TV, foi enfatizado na 6ª temporada que eles são perigosos perto de pessoas que não conhecem — montar em definitivo um dragão é extremamente perigoso nos livros, e há numerosos exemplos de pessoas com pelo menos um pouco de sangue Targaryen em sua linhagem que foram queimadas vivas ao tentar reivindicar novos dragões (em especial a busca por novas sementes de dragão durante a Dança dos Dragões). É seguro montar um dragão como passageiro do atual montador, mas montar e voar um dragão é uma espécie de elo mágico que acredita-se estar ligado à linhagem de sangue da antiga Valíria.
De forma mais precisa, é fisicamente possível que alguém se conecte instantaneamente com um dragão da maneira que Jon Snow faz com Rhaegal, desde que sejam membros da linhagem Targaryen (alguns candidatos foram assados vivos, outros tiveram uma ligação rápida; dragões são volúveis). No entanto, uma ligação tão rápida seria vista como uma indicação instantânea e óbvia de que o indivíduo tem sangue Targaryen, mesmo que não soubessem disso. O verdadeiro problema com a cena é que Jon e, mais importante ainda, Daenerys, sequer se preocupam em comentar a implausibilidade de um estranho ser aceito de repente por um dragão como seu montador. Baseado no que já é comumente conhecido sobre dragões, é bizarro até que Daenerys oferecesse com indiferença e espontaneamente deixá-lo montar em um dragão.
No segmento Por Dentro do Episódio, os showrunners Benioff e Weiss comentam suas percepções deste enredo secundário e eles aparentemente tiveram muito mais ideias do que chega a aparecer no episódio. Eles queriam que o romance de Jon e Daenerys tivesse alguma ligação com os dragões e afirmaram que a cachoeira perto de onde eles pousaram era, na verdade, Jon mostrando para ela onde costumava caçar quando criança (embora eles não abordaram como chegaram no conceito desses campos de caça, sendo que foi ela quem liderou o voo). Eles chegam a observar que Jon está um pouco inconsciente do quão significante é ele poder montar um dragão — embora, para sermos justos, mesmo nos livros, Jon Snow não foi exposto a dragões e pode simplesmente não ter consciência de que a conexão com um significa que ele deve ter sangue Targaryen. Daenerys, por outro lado, deveria estar ciente do quanto isso é relevante.
O dragão que Jon Snow monta e, agora, aparenta ter uma conexão é Rhaegal — a quem Daenerys batizou em homenagem ao seu falecido irmão Rhaegar, e assim, naturalmente, isso quer dizer que Jon Snow domou um dragão cujo nome foi inspirado em seu pai biológico.
Daenerys diz a Jon para segurar em qualquer parte do dragão que conseguisse. Os dragões de Daenerys ainda não são grandes o suficiente para serem montados nos livros atuais — exceto no final do quinto romance, onde ela inesperadamente foge de Meereen sobre Drogon. Fora isso, é um detalhe histórico comumente conhecido que os Targaryen montavam dragões usando selas feitas sob medidas. Além disso, os pilotos ficavam presos a essas selas — então, se o dragão inclinasse rápido demais ou voasse em círculos, eles não cairiam. É estranho que, a esta altura da série de TV, Daenerys não tenha tentado fazer selas mais permanentes para seus dragões.
Quanto a como montar um dragão, os Targaryen históricos usavam chicotes de equitação muito parecidos com os usados em cavalos — mas feitos de correntes de aço, já que qualquer coisa menor não chamaria a atenção deles. Quando Daenerys monta em Drogon no fim do quinto livro, ela logo percebe a diferença básica entre montar um dragão e montar um cavalo: cavalos são presas, enquanto os dragões são predadores; portanto, as reações dos dois são diferentes. Os cavaleiros devem acertar sua montaria no lado oposto à direção para a qual querem virar: se o cavaleiro quer que o cavalo vire para a direita, ele precisa bater nele no lado esquerdo, e, como uma presa, o animal se afastará da ameaça percebida. Em contrapartida, os dragões são predadores agressivos, por isso, se o montador atacá-los no lado esquerdo, eles virarão para a esquerda — em direção à ameaça percebida, instintivamente querendo enfrentá-la.
O método mencionado acima, no entanto, não funciona em Drogon, o que Daenerys não demora para perceber: uma vez que ele é muito forte (e como uma adolescente, ela é muito pequena), o chicote só consegue aborrecê-lo. Daenerys lembra de lendas de que os senhores de dragões da antiga Valíria controlavam suas montarias com feitiços de ligação e cornetas mágicas, mas Daenerys não tinha nenhum desses, apenas uma palavra e um chicote, que não foram muito úteis. Mesmo os primeiros reis Targaryen tiveram ao menos alguma experiência anterior com dragões, mas Daenerys teve apenas a tentativa e erro. Drogon deixa Daenerys montar em suas costas, mas não controlá-lo; nem o chicote, nem as palavras conseguem fazê-lo virar se ele não quiser virar, o que a torna incapaz de retornar a Meereen.
Uma fala foi cortada da versão que foi ao ar desta cena, mas pode ser ouvida no segmento de bastidores "O Jogo Revelado" deste episódio: depois que Jon desmonta e diz "Você acabou com a graça dos cavalos para mim", ele originalmente continuava dizendo: "Parecia que ele sabia aonde eu queria ir". Isso pode ter sido cortado da versão final porque tornava um pouco óbvio demais que Jon tinha algum tipo de ligação especial com o dragão.[3]
Como explicado nos segmentos de bastidores, quase todas as belas paisagens que aparecem quando Jon e Daenerys voam nos dragões eram locais inteiramente reais na Islândia, filmados usando um helicóptero. Os dragões foram adicionados digitalmente depois, mas, fora isso, tudo na tela era real — exceto pela grande cachoeira onde eles pousaram, que foi adicionada usando CGI.
Kit Harington teve seu testículo preso no aparelho de dragão.
No segmento de making of do episódio, Kit Harington explicou que, enquanto estava no equipamento mecânico de tela verde para a cena na qual ele monta no dragão, em um momento no qual o dragão deveria girar para o lado muito rapidamente e Jon quase cai, a plataforma móvel mudou de posição e de alguma forma conseguiu - como ele disse - prender sua "bola direita" entre duas seções do aparelho, que continuou girando. Ele não teve tempo de gritar: "Parem!", e ficou "balançando de um lado para o outro" com seu testículo preso.
