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"De agora em diante, governantes não serão nascidos, serão escolhidos."
Tyrion Lannister[fnt]

Os Seis Reinos é o nome dado ao governo do reino de Westeros que se estendia, geograficamente do sul do Gargalo até Dorne. Ele foi formado durante o Grande Conselho de 305 d.C., em que ocorreu uma reforma no antigo Sete Reinos, passando o governo de monarquia absolutista para monarquia eletiva, e tornando o Rei Brandon I Stark o primeiro governante eleito nesse novo governo. A nomeação vem devido ao fato de que Bran I aceitou a independência do Reino do Norte, separando-o do governo da coroa e mantendo seus costumes a parte do resto de Westeros.

O governante dos Seis Reinos era escolhido em Harrenhal pelos Senhores e Senhoras de Grandes Casas, com a decisão sendo a majoritária. O rei servia pela vida toda, semelhante ao governo anterior, e recebia os títulos de Rei dos Ândalos, dos Roinares e dos Primeiros Homens, Senhor dos Seis Reinos e Protetor do Território.

História[]

Fim dos Sete Reinos[]

Durante a Batalha de Porto Real, Daenerys Targaryen queimou a cidade e seus residentes com seu dragão Drogon, indo contra os avisos e conselhos de sua Mão Tyrion Lannister, e seu sobrinho-amante Jon Snow. Chocados com a transformação radical de sua rainha, eles conspiraram para assassiná-la antes que ela pudesse tomar controle do Trono de Ferro e exercer real poder nos Sete Reinos. Daenerys prometeu "conquistar" o resto de Westeros da mesma maneira que fizera em Porto Real. Quando Jon Snow a confrontou sobre o ocorrido, ela se negou a mudar de ideologia, afirmando que dessa forma estaria fazendo do mundo um lugar melhor. Seu sobrinho-amante a matou e Drogon, o dragão responsável pela destruição de Porto Real, levou o cadáver de sua mãe para leste.[1]

Formação dos Seis Reinos[]

"Todos saúdem Bran, o Quebrado, o Primeiro de Seu Nome, Rei dos Ândalos e dos Primeiros Homens, Senhor dos Seis Reinos e Protetor do Território."
―Tyrion Lannister, nomeando Bran o novo rei[fnt]

Um Grande Conselho foi convocado no Fosso dos Dragões, reunindo os principais nobres das Grandes e nobres casas de Westeros. Tyrion Lannister e Jon Snow eram prisioneiros dos Imaculados, o restante do exército de Daenerys, e esperavam dar um julgamento apropriado de seus cativos, mas não o fizeram devido ao nível de oposição que encontravam com os exércitos nortenhos e do Vale. Os lealistas Targaryen, incluindo a até então Rainha das Ilhas de Ferro Yara Greyjoy, apoiavam a execução de Tyrion e Jon pelo crime de traição, mas as hostilidades foram rapidamente cessadas por Sor Davos Seaworth e Tyrion Lannister, este último que propôs que o julgamento dele e de Snow deveria ficar a cargo do Rei dos Ândalos e dos Primeiros Homens. Sem ninguém direto para a sucessão real por sangue, Tyrion sugeriu uma eleição, afirmando que a monarquia hereditária dos Sete Reinos causou problemas demais para o país e precisava ser reformulada.[1]

Lorde Edmure Tully se candidatou ao cargo, mas não recebeu apoio dos demais Senhores. Quando ele sugeriu Tyrion então, o mesmo assumiu que era a pior escolha dentre os presentes. Samwell Tarly sugeriu ainda que o povo comum pudesse votar para decidir seu rei, mas os nobres preferiram manter o privilegio da escolha apenas entre eles. Tyrion então discursou sobre o que uniria as pessoas e, ao afirmar que era uma boa história, ele sugeriu que Bran Stark deveria ser rei―um menino que não tinha desejo por poder, não podia ter filhos, possuía a memória de todas as pessoas do mundo por ser o Corvo de Três Olhos, e que uniria as pessoas comuns de Westeros por sua história fantástica. Os outros senhores concordaram e saudaram Bran I, o Quebrado, como o novo Rei dos Ândalos e dos Primeiros Homens.[1]

Sansa Stark no entanto, apesar de acreditar que seu irmão seria um excelente rei, afirmou que o Norte se manteria como um reino independente, como era antes da Guerra da Conquista, dizendo que os nortenhos viram e lutaram demais para se ajoelhar novamente. Brandon I concedeu o pedido e os Sete Reinos foram dissolvidos em Seis Reinos, com o Reino do Norte governando de forma soberana ao Norte do Gargalo. Tyrion e Jon receberam suas punições―Brandon I não acreditava que puni-los de forma violenta iria satisfazer nenhum dos dois lados e os colocou de forma que iriam trabalhar contra suas vontades. Tyrion foi nomeado Mão do Rei, dessa forma poderia corrigir seus erros de uma maneira que fosse útil a sociedade de Westeros, enquanto Jon Snow foi exilado de volta a Patrulha da Noite, onde poderia liderar o Povo Livre para lá da Muralha e restabelecê-los novamente na região.[1]

Governo de Bran I, o Quebrado[]

O início do governo de Bran I foi marcado pela ascensão de uma nova Grande Casa na Campina liderada por Lorde Bronn, e pela reformulação da Patrulha da Noite para que pudessem reestabelecer o Povo Livre para lá da Muralha e continuar guardando os reinos dos homens dos mistérios além. Samwell foi nomeado como novo Grande Meistre e ganhou espaço no Pequeno Conselho de Bran I. A reconstrução de Porto Real foi prioridade nos primeiros meses de reinado, ficando a cargo da Mão do Rei e seus conselheiros enquanto o Bran I procurava por sinais de Drogon ao leste.[1]

Política[]

Diferente dos Sete Reinos, marcado por uma monarquia hereditária que priorizava a linhagem masculina, os Seis Reinos eram governados por um monarca escolhido em um Grande Conselho, sempre tomando lugar no Fosso dos Dragões. O rei servia durante toda sua vida, mas seus filhos não herdaria seus cargos ou títulos. Apesar dessa diferença, o poder exercido pelo rei era semelhante ao dos Sete Reinos, com o monarca sendo a maior autoridade Legal nos Seis Reinos, seguido pela Mão do Rei e seus conselheiros.[1] O cargo de rei ou rainha regente deixou de existir, visto que não haveria necessidade de um monarca ter um regente após ser escolhido no Grande Conselho. Em caso de necessidade, a Mão do Rei assumiria o posto de maior poder em Westeros.[2][3] O Pequeno Conselho era composto, além da Mão, por um Mestre da Moeda, Mestre dos Sussurros, Mestre das Leis, Mestre da Guerra, Mestre dos Navios, Grande Meistre e pelo Senhor Comandante da Guarda Real. Diferente do governo anterior, o Trono de Ferro não era mais o símbolo do poder da coroa, tendo sido destruído por Drogon após o assassinato de Daenerys Targaryen.[1]

Cada Grande Casa governava de forma soberana sua região, recebendo o título de "Senhor Soberano" de seu respectivo local de administração, com exceção apenas das Ilhas de Ferro e Dorne, que mantinham os títulos de Senhor das Ilhas de Ferro e Príncipe de Dorne respectivamente, mas exercendo o posto de Senhor Soberano. As casas nobres respondiam as Grandes Casas que, por sua vez, respondiam a coroa. O cumprimento das leis e a punição de criminosos ficava a cargo do Senhor local ou da coroa.

Geografia[]

"O Norte vai continuar um reino independente, como foi por milhares de anos."
Sansa Stark[fnt]

Com o Norte sendo independente, as terras dos Seis Reinos são marcadas pelo calor e fertilidade. As Terras Fluviais se tornaram a região mais ao norte dos Seis Reinos, marcadas por rios e riqueza de fauna.[4] As Terras Ocidentais sofreram grandemente com as guerras passadas, com seu maior castelo, Rochedo Casterly, sendo saqueado pelas forças de Daenerys durante sua invasão.[5] O Vale de Arryn era uma região montanhosa e de difícil acesso,[6] onde os Cavaleiros do Vale eram treinados, famosos por sua perícia e honra.[7] A Campina era uma terra fértil e rica, cheia de campos de agricultura que alimentavam boa parte do reino.[8] Por fim, no extremo-sul, Dorne é a região mais quente dos Seis Reinos, com desertos cobrindo boa parte do país. Os litorais dorneses eram cheios de capim no entanto, e seus corcéis de areia eram famosos por todo o reino.[9][10]

Com Porto Branco agora fazendo parte do Reino do Norte, os Seis Reinos são marcados por quatro grandes cidades:

  • Porto Real, capital dos Seis Reinos. Foi destruída durante a Batalha de Porto Real mas o Pequeno Conselho colocou sua reconstrução como prioridade no início do governo de Bran I, o Quebrado.
  • Lannisporto, sede da Casa Lannister de Lannisporto, considerado o maior centro comercial dos Seis Reinos.
  • Vilavelha, lar da Cidadela e da Casa Hightower. É onde são treinados os Meistres e catalogado cada coisa de importância de Westeros e do mundo conhecido.
  • Lançassolar, sede da Casa Martell, considerado o principal centro comercial no extremo-sul de Westeros. É uma das poucas cidades de Dorne, e a única das quatro cidades dos Seis Reinos que de fato era capital de sua respectiva região.

Regiões administrativas[]

Mapa Casa Região Capital Absolvido Predecessor
Vale of Arryn Casa-Arryn-escudo Vale de Arryn Ninho da Águia 305 d.C. Parte dos Sete Reinos
The Riverlands Casa-Tully-escudo Terras Fluviais Correrrio 305 d.C. Parte dos Sete Reinos
Iron Islands Casa-Greyjoy-escudo Ilhas de Ferro Pyke 305 d.C. Parte dos Sete Reinos
The Westerlands Casa-Lannister-escudo Terras Ocidentais Rochedo Casterly 305 d.C. Parte dos Sete Reinos
The Crownlands Bran-the-Broken-Shield Terras da Coroa Porto Real 305 d.C. Parte dos Sete Reinos
The Stormlands Casa Baratheon Terras da Tempestade Ponta Tempestade 305 d.C. Parte dos Sete Reinos
The Reach Casa-Bronn-escudo Campina Jardim de Cima 305 d.C. Parte dos Sete Reinos
Dorne Casa-Martell-escudo Dorne Lançassolar 305 a.C. Parte dos Sete Reinos

Cultura e religião[]

Os Sete Reinos eram bastante diversificados culturalmente, com o clima, religião e geografia sendo fortes fatores determinantes na diferença entre as regiões. As Ilhas de Ferro deixaram de seguir o Costume Antigo e passaram a seguir as leis da coroa, mas mantinham ainda o Deus Afogado como religião principal, se destacando das demais regiões.[11] Na maior parte dos Seis Reinos, a Fé dos Sete era a religião mais predominante, com os Deuses Antigos da Floresta ficando extremamente escassos com a independência do Norte. R'hllor também era outra entidade pouco cultuada em Westeros no geral.

Justiça[]

Verme Cinzento: "Ele merece justiça."
Bran I: "E ele acabou de ter. Ele cometeu vários erros terríveis, e vai passar o resto de sua vida os corrigindo."
Verme Cinzento e Brandon I Stark, sobre a punição de Tyrion Lannister[fnt]

Com julgamentos por combate tendo sido proibidos em reinados anteriores,[12] a justiça e o cumprimento das leis ainda ficavam a cargo dos senhores de suas respectivas regiões, assim como suas punições. O Rei Bran I no entanto viu uma forma diferente de justiça ao punir dois criminosos de guerra, Tyrion e Jon Snow, colocando-os onde ele acreditava que funcionariam melhor para a sociedade sem que, necessariamente, precisassem executá-los ou castiga-los de formas mais cruéis.[1] O Mestre das Leis ainda ditava as normas dos Seis Reinos que deveriam ser seguidas, dentre elas era conhecido que roubo, assassinato, e escravidão eram proibidos e abominados pelos Seis Reinos.

Força militar[]

A coroa não possuía um exército real, sendo dependente do exército daquele que ocupava o Trono de Ferro. Por exemplo, Brandon I era um membro da Casa Stark, então assumia-se que, por mais que o Reino do Norte fosse independente, seu exército poderia se erguer para defendê-lo, assim como o exército Lannister lutou pela coroa quando Cersei I ocupava o Trono de Ferro,[5][13] ou o exército Baratheon quando lutou por Robert I na Rebelião Greyjoy.[14] Aparte disso, cada Senhor controlava seus respectivos exércitos juramentados a coroa, que eram erguidos conforme solicitado. Os responsáveis por essa organização militar eram os "Protetores", o cargo de maior autoridade militar dos Seis Reinos. Antigamente existia o Protetor do Norte,[2] mas com a independência dessa região, apenas três outros Protetores restaram para erguerem seus exércitos em nome da coroa quando solicitados, Protetor do Oeste, Protetor do Leste e Protetor do Sul.[1]

Nos livros[]

Nos romances de As Crônicas de Gelo e Fogo, os "Seis Reinos" nunca chegaram a ser formados até o ponto do quinto romance, A Dança dos Dragões. Sabe-se que George R.R. Martin passou os principais acontecimentos dos últimos dois livros, Os Ventos do Inverno e Um Sonho de Primavera, para os showrunners de Game of Thrones, David Benioff e D.B. Weiss, mas não se sabe quantos desses detalhes foram seguidos pelos roteiristas. Em Fire Cannot Kill a Dragon, George R.R. Martin especificou na entrevista para James Hibberd que contou "quem se sentaria no Trono de Ferro" no final da história, sendo confirmado por Benioff no documentário O Dever é o Algoz do Amor mais tarde que de fato seria Bran, tornando a destruição do trono algo que provavelmente foi inventado pelos showrunners para a série. Apesar desse detalhe diferente, nenhuma outra informação foi dada sobre a divisão política final de Westeros, nem a forma que Bran reinaria no fim da saga.

Referências[]

  1. 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 1,7 1,8 "The Iron Throne", Episódio 06 da Oitava Temporada de Game of Thrones
  2. 2,0 2,1 "Winter Is Coming", Episódio 01 da Primeira Temporada de Game of Thrones
  3. "A Golden Crown", Episódio 06 da Primeira Temporada de Game of Thrones
  4. "The Riverlands", Capítulo 13 da Terceira Temporada de "Histórias e Tradição"
  5. 5,0 5,1 "The Queen's Justice", Episódio 03 da Sétima Temporada de Game of Thrones
  6. "The Vale", Capítulo 16 da Terceira Temporada de "Histórias e Tradição"
  7. "Knights of the Vale", Capítulo 15 da Sexta Temporada de "Histórias e Tradição"
  8. "The Reach", Capítulo 12 da Terceira Temporada de "Histórias e Tradição"
  9. "Dorne", Capítulo 09 da Quinta Temporada de "Histórias e Tradição"
  10. "Sons of the Harpy", Episódio 04 da Quinta Temporada de Game of Thrones
  11. "The Winds of Winter", Episódio 10 da Sexta Temporada de Game of Thrones
  12. "No One", Episódio 08 da Sexta Temporada de Game of Thrones
  13. "Dragonstone", Episódio 01 da Sétima Temporada de Game of Thrones
  14. "Greyjoy Rebellion: Stannis Baratheon", Capítulo 03 da Segunda Temporada de "Histórias e Tradição"
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Impérios e reinos do mundo conhecido
v  d  e
Governantes dos Seis Reinos de Westeros
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