House Martell, Princes of Dorne

7ªª Temporada

Narrador

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"Aegon, First of His Name"	"The Last Dragons"

"House Martell, Princes of Dorne" é o nono capítulo de "Conquista e Rebelião: Uma História Animada dos Sete Reinos", um extra incluído em Game of Thrones: A Sétima Temporada Completa. É narrado por Conleth Hill como Varys.

Sinopse[]

Varys detalha a revolta de Dorne, sob a Princesa Meria da Casa Martell, contra a subjugação dos Targaryen.

Narração[]

Varys: Mas enquanto Aegon se autointitulava Senhor dos Sete Reinos, na realidade, ele possuía apenas seis. O sétimo, Dorne, jamais se ajoelhara. Visenya havia voado para o Vale e retornado com sua coroa. Imitando sua irmã, Rhaenys sobrevoou as forças inimigas que guardavam as passagens para Dorne e pousou no castelo de sua senhora governante, a Princesa Meria da Casa Martell.

Meria tinha oitenta anos e era gorda, careca e cega. Pelas suas costas, muitos riam dela como a "Rã Amarela de Dorne". A bela Rhaenys provavelmente pensou o mesmo quando se conheceram. Ela exigiu que a Princesa Meria se ajoelhasse perante Aegon, embora aceitasse que, por conta da idade e saúde de Meria, um simples voto de submissão seria o bastante.

Mas a princesa disse à rainha que os Targaryen não eram bem-vindos em Dorne, e que nenhum Martell se submeteria, curvaria ou quebraria, por mais que queimassem. Rhaenys poderia ter montado em seu dragão naquele momento e assado Meria no castelo como seu irmão fizera em Harrenhal. Mas o que ela viu nos olhos de Meria a assustou de volta para Porto Real, com o rabo do dragão entre as pernas.

Após a coroação de Aegon, Rhaenys retornou a Dorne com Aegon, Visenya e seus dragões. Mas nenhum exército os encontrou no campo e nenhum senhor os desafiou em seus castelos. Quando os dragões se aproximaram, Dorne simplesmente se esvaziou. A Casa Martell aprendera com Harrenhal e com o Campo de Fogo. Os dragões eram imbatíveis em batalha, mas guerras eram mais do que batalhas.

Sem oposição, Aegon reivindicou Dorne para si. Mas, assim que retornou para Porto Real, seus castelões foram atirados de suas torres e sua guarnição real desapareceu no deserto, para nunca mais ser vista. Exceto, talvez, quando os ventos mudam e as areias revelam ossos e armaduras velhas. Rhaenys retornou com Meraxes, com a intenção de se vingar de Meria Martell. Mas Dorne não estava mais vazia. Os dorneses mantiveram a promessa de Meria e lutaram mesmo enquanto queimavam pelas chamas de dragão. E venceram.

Um dia, uma seta perfurou o olho de Meraxes e derrubou o dragão do céu. A Casa Martell permaneceu não quebrada, ao contrário da desafortunada Rhaenys. Em sua ira, Aegon e Visenya incendiaram todos os castelos e cidades, exceto Lançassolar, tentando voltar o povo contra a Casa Martell. Mas os dorneses permaneceram leais, e quando Aegon retornou a Porto Real, encontrou assassinos à sua espera nas ruas de sua própria capital. Se não fosse por Visenya, o Conquistador não teria desfrutado de sua conquista por muito tempo. A partir de então, o rei e sua família seriam guardados pelos sete maiores cavaleiros do reino: a Guarda Real.

Quando Meria morreu dormindo, um filho fraco e cansado pediu paz. Mas a velha Meria também exaustara Aegon, e ele concedeu o pedido. Os Targaryen ainda queriam Dorne e com o tempo a teriam, mas não na ponta da espada. Eles a comprariam da mesma forma que os grandes senhores compram qualquer coisa: com uma filha.

Notas[]

A tentativa fracassada dos Targaryen de invadir Dorne é conhecida como Primeira Guerra Dornesa, e durou de 4 d.C. a 13 d.C.. Dentro do universo, alguns historiadores discutem se devem considerá-la uma guerra separada da "Guerra da Conquista" principal (que durou dois anos, de 2 a.C. até quando Aegon foi coroado pelo Alto Septão em Vilavelha, marcando o início do ano 1 d.C.). Alguns consideram que o período inteiro, de 2 a.C. a 13 d.C., deveria ser chamado de "Guerras da Conquista".
Além dos dorneses, as Ilhas de Ferro ainda precisavam ser dominadas — seus líderes (a Casa Hoare) e a maioria de seus exércitos foram destruídos em Harrenhal, mas suas guarnições domésticas não quiseram se render. Ainda sem uma liderança única, diferentes senhores locais se declararam reis e entraram em guerras fratricidas com suas forças remanescentes, ao mesmo tempo que os Targaryen consolidavam o domínio sobre o continente. Dois anos depois de sua coroação, Aegon Targaryen dirigiu-se às ilhas com seus dragões. O rei-sacerdote Lodos invocou o Deus Afogado para enviar lulas-gigantes das profundezas para destruir os navios invasores. Porém, como isso não aconteceu, Lodos e muitos de seus seguidores cometeram suicídio entrando no mar (como explicado no vídeo "Profecias do Mundo Conhecido"). Após uma breve demonstração de força, o resto das Ilhas de Ferro se submeteu; em vez de escolher um de seus senhores para governá-los, Aegon deu aos nascidos do ferro a opção de eleger sua própria nova família governante (ecoando a tradição da assembleia de homens livres), e eles escolheram a Casa Greyjoy. No geral, a submissão dos nascidos do ferro sobreviventes ocorreu sem incidentes.
Dois anos depois, em 4 d.C., os Targaryen estabilizaram seu domínio sobre o resto dos Sete Reinos ao ponto de se sentirem confiantes para iniciar uma invasão a Dorne. Os dorneses responderam com táticas de guerrilha, mesmo com todos os seus castelos e vilas sendo incendiados por dragões (exceto Lançassolar). Dorne foi capaz de resistir a eles melhor que alguns outros reinos devido ao seu clima desértico: a pequena quantidade de castelos e poços em oásis foi facilmente sabotada e facilitou o ataque às linhas de abastecimento de grandes exércitos estrangeiros.
O senhor que foi jogado da torre de Lançassolar foi o Lorde Jon Rosby, que Aegon deixara para trás como governante ocupacional de Dorne. O principal exército de ocupação foi posicionado no meio de Dorne, na Toca do Inferno. Porém, enquanto marchava para o leste, o exército inteiro desapareceu nos desertos centrais — seu comandante era Harlen Tyrell, o intendente da Casa Gardener que havia rendido Jardim de Cima aos Targaryen após o Campo de Fogo.
Tendo em conta que os Targaryen haviam violado as leis da paz quando invadiram Dorne sem nenhuma reivindicação legítima, os dorneses, por sua vez, não sentiram que deviam honrar as leis da guerra contra eles. Portanto, promoveram uma campanha de tortura e mutilação em massa contra todos os soldados e senhores Targaryen que aprisionavam, mesmo aqueles que se rendiam de boa fé. O próprio Orys Baratheon foi capturado, e quando Aegon pagou para resgatá-lo, os dorneses deceparam sua mão da espada antes de devolvê-lo para que ele nunca mais empunhasse uma arma contra eles (apesar de o resgate ter especificamente imposto que ele deveria ser devolvido ileso).
A rainha Rhaenys Targaryen e seu dragão, Meraxes, foram mortos na Toca do Inferno em 10 d.C., quando um dardo muito sortudo de uma balista conseguiu perfurar o olho do dragão em pleno voo, penetrando em seu cérebro e fazendo-o desabar em agonia. O corpo de Rhaenys nunca foi devolvido. Alguns acreditam que ela conseguiu, de alguma forma, sobreviver à queda de centenas de metros, mas foi secretamente torturada até a morte pelos dorneses. A verdade disto é desconhecida. Rhaenys deixou o primeiro filho e herdeiro de Aegon, o único dela, Aenys I Targaryen, que na época tinha três anos.
Os dois anos seguintes ficaram conhecidos como a "Ira do Dragão", quando Aegon e Visenya vingaram sua irmã queimando sistematicamente todos os castelos e centros populacionais de Dorne (exceto Lançassolar, em uma tentativa fracassada de voltar os outros senhores contra os Martell, fazendo-os pensar que eles haviam comprado sua própria segurança). O nível populacional de Dorne demorou gerações para se recuperar — se é que conseguiu —, mas ainda assim eles se recusaram a se render.
Os anos da Ira do Dragão terminaram por volta de 12 d.C., quando Visenya engravidou do segundo filho de Aegon, Maegor I Targaryen (também foi apenas o segundo e último filho que Aegon produziu; os casamentos incestuosos dos Targaryen podem ter resultado em uma baixa taxa de natalidade devido a vários problemas de saúde).